sábado, 17 de julho de 2010

Capítulo III - Instituto Ametista - Parte 8

- Agora que estou aqui, vamos resolver nossas diferenças. – BC.

- Eu quero ir embora! – João.

- Vamos recapitular nossa noite. Chamei um táxi para um ferido. Você atendeu.

- É sério, eu esqueço tudo se você me deixar ir embora agora.

- Entenda, se você for os criminosos vão procurá-lo, e a polícia. Não haveria como escapar disso.

- O quê? Está dizendo que estou mais seguro com você do, que me seqüestrou? Eu não...

- É a verdade. Se realmente o que quer é ir eu não vou segurá-lo mais, mas pense sobre a sua segurança, e a dos seus familiares, que, querendo ou não, estão envolvidos.

João não respondeu e Black Cherry virou-se para a porta.

- Vou ver como está Fabiano. A porta ficará aberta. – BC.

Ela não passou muito tempo no outro quarto, e já estava com o calçado apropriado. Filhote de Arroz dormia ligado a alguns aparelhos.

Depois desce para cear com Andrômeda e João logo desceu.

- Sente-se conosco, senhor João. Contaram que não jantou, deve estar com fome. – BC.

- Estou sem apetite. – João.

- Ainda assim, sente-se e nos faça companhia. O doutor falava do estado de Fabiano.

- Fabiano?

- Sim. Ou Alan Vivácqua. Como preferir. Ele é o herdeiro desta e de outras propriedades.

- Muita sorte a dele. E quanto a minha situação?

- Um momento. O que falava de Fabiano, Andrômeda?
-Sim. Foi feita outra transfusão de sangue, aqui, para tornar mais ágil a sua recuperação. Ele despertou, porém eu o sedei novamente. Deve despertar antes do meio dia. – Andrômeda.

- Cuidará pessoalmente dele, correto? E quanto à alimentação...

- Orion está cuidando pessoalmente disto. – Plêiades.

- Quase atrasa-se para a ceia. – BC.

- Eu terminava de cuidar da informação de nossos visitantes.

- E o que pode nos dizer de Fabiano?

- Dados dos visitantes? Quer dizer que me investiga? – João.

- Sim. Continue Plêiades. – BC.

-Não há muito o que eu tenha descoberto a mais do que você já soubesse. Mãe presa, pai foragido por alguns crimes e irmãos sob custódia da justiça. – Plêiades.

- Ótimo. Se ele voltar para as ruas o colocamos na prisão.

- O que? Pensei que ele fosse inocente. – João.

- Ninguém é inocente. E a situação dele?

- Ei! Deixa a minha vida em paz!

- Pedirei, uma vez, que o senhor se contenha, senhor! – Cão Menor.

- Prossiga Plêiades. – BC.

-Três filhos, entre doze e seis anos. Esposa... – Plêiades.

- Deixe a minha família em paz. – João.

- Estudam no Colégio Municipal da capital. E o casal tem dez anos de casados. Ele tem algumas passagens pela polícia, discussão. E ambos pagam o aluguel do apartamento com muita dificuldade. Os outros são... Detalhes, é irrelevante no momento.

Black Cherry bebeu de sua taça pensando. João estava visivelmente irritado.