sábado, 23 de outubro de 2010

Prima Morgana - Parte IV

O que o homem não reparou foi a senhorita que aproximou-se com a mão sobre os lábios antes de baixá-la.
- Sua pessoa está bem? Onde está a pessoa criminosa? – PM.
- Ele fugiu. – LN.
- Vossa mercê chamou os veículos ambulatorial e policial?
Luar Negro levantou-se e observou a pequena de arco largo e calças curtas rosa, e camisa e tênis brancos.
- Você não me viu fazer coisa alguma. – LN.
- As digitais de vossa mercê estão na bolsa... Minha pessoa reconhece esta bolsa... – PM.
- Então a senhorita pode ir, depois que responder as perguntas que esta mulher não respondeu.
- Se sua pessoa não respondeu não tinha ciência, e minha pessoa sabe menos.
- Vamos ver... Qual o nome de Black Cherry e qual a sua relação com esta mulher?
- Não estou ciente de quem fala e a minha relação com esta mulher é nula.
- Não conhece Black Cherry e conhece esta mulher sem conhecê-la... Intrigante.
- Quem é Black Cherry?
- Minha pessoa desconhece este codinome, e chamará os veículos ambulatorial e policial.
Luar Negro sorriu parando os dedos na aba do chapéu e baixou o olhar.
- Não vai conseguir. Esclareça as minhas perguntas. – LN.
- Esta mulher precisa de pessoas médicas com urgência. Vossa mercê não vai atrasar-me. – PM.
- A senhorita não sabe quem sou, não é?
Ele aproximou-se e, diferente do que esperava, a jovem não se afastou.
- É uma pessoa criminosa. – PM.
- De onde conhece esta mulher? – LN.
- Minha pessoa a desconhece.
O homem avançou contra o pescoço de Pink Manzana, que esquivou-se rapidamente. Ela torceu as sobrancelhas.
- Vossa mercê não tente ferir ou tocar minha pessoa, ou minha pessoa será obrigada a se proteger. – PM.
Ele tentou, de todo modo, atingi-la ou pará-la. Porém a ágil moça não permitia.
- Pare! Pare! Esta mulher precisa de um médico, agora. – PM.
- Então me dê a resposta e te deixo dar um telefonema. – LN.
- Minha pessoa não é dicionário para ceder respostas.
Luar Negro finalmente conseguiu segurá-la, pelo ombro, e estava bem firme. Até Pink Manzana torcer o sue pulso com tanta força que ele queria se afastar.
Pink Manzana teve que soltá-lo para defender-se do joelho dele que a acertaria nas costelas. Luar Negro correu, e ela tentou alcançá-lo.
- Retorne a este local! Deve esclarecer às pessoas policiais! – PM.
Porém, sem querer deixar a mulher sozinho, parou no orelhão chamando por uma ambulância. Juntou a bolsa e ao notar que o braço de Plêiades poderia estar quebrado imobilizou-o com seus tênis.
Os policiais, sim, puderam revistar a bolsa da paciente do hospital e retirar dali as informações que seriam proveitosas, e interrogar Páola Miranda.
Uma médica geral foi informada da tatuagem rúnica atrás do ombro de Plêiades. Então ela telefonou, e Cão Maior e Cão Menor foram até lá de imediato para guardar a segurança de Plêiades, e a médica local era a única que poderia cuidar da paciente uma vez que os policiais não permitiriam sua saída sem interrogação.
Era também perigoso sair no momento. Até Pink Manzana poderia ser seguida e a suposta burocracia de falsos policiais de médicos a prenderam pelo resto da tarde e parte da noite no hospital.