quinta-feira, 20 de maio de 2010

Capítulo III – Instituto Ametista - Parte 2

Ofegante o rapaz dava sinais de cansaço e Prix parou, esgotado, a espera de Black Cherry. Filhote de Arroz, quase atropelado por uma moto, estava no chão com o pé torcido. Black Cherry parou próxima e guardou a arma na cintura.
- Como sempre, rápido demais... Juro que dessa vez eu atiraria. Eu já disse, não faça isso! – BC.
- O que quer? – FA.
- Do modo como correu, você deve ter muito que contar.
- Não, eu não estou sabendo de nada.
Black Cherry viu-o se levantar com dificuldade.
- Diz pra mim, Arroz. Como chegará em casa com os pés quebrados? E se conseguir, como vai abrir a porta com as mãos quebradas? – BC.
Filhote de Arroz viu-a de sobrancelhas arqueadas e com um falso sorriso na boca cereja aproximando-se.
- Você não faria isso. – FA.
- Não mesmo? – BC.
- Está... Está bem! Sei de umas paradas aí.
- Depois que eu souber tomarei providências. Então não me faça apressá-lo por outros meios.
- Tem uma. Um... Uma parada séria. Tipo...
- Arroz, mais rápido.
- Vão vender medicamentos.
Black Cherry não compreendeu.
- Farmacêuticos? – BC.
- Médicos e químicos. – FA.
- E isso tem o que de errado?
- Nada. Mas o fato é que o responsável pela medicação é o governo.
- Quando vai ser?
O rapaz olhou as poças d’água do chão.
- É... É agora. – FA.
- Deixe-me adivinhar, você está na folha de pagamento. Ótimo, dividiremos a sua parte. Vamos. – BC.
Ele apontou a direção com o polegar desanimadamente.
- Quer ir, é no Centro! Se eu aparecer, me matam! – FA.
- Vou correr este risco. – BC.
- Você é louca! Só arruma problemas com os meus negócios.
- Você é um criminoso, e eu sou louca. Vai discutir?