terça-feira, 13 de abril de 2010

Capítulo II Pato - Parte III

Black Cherry divertiu-se um pouco, mas não por dançar – e com franqueza não por Pato -, mas por observar os freqüentadores do lugar. Alguns que via nas ruas nas horas mais tardes, usando baseados para terminar a noite ou garotas que saiam dos carros de seus clientes. E pessoas de quem podia exigir informações, se necessário.
- Viu como é bom sair, às vezes. – Pato.
- O que disse? – BC.
- Quero dizer, sair e se distrair, se divertir, invés de apenas... Estudar.
A atenção de Black Cherry perdeu-se de Pato ao ver os homens que descia as escadas em direção à saída dos fundos e Luar Negro também a notou. Passando próximo a sua mesa Prix mostrou os dentes, mas não tinha permissão para atacar.
- Está me ouvindo? – Pato.
- Tenho que retocar a maquiagem. Pega uma bebida para mim, por favor. – BC.
Black Cherry acompanhou Luar Negro com os olhos, tentando alcançá-lo. Prix subiu no ombro dela, e na primeira oportunidade usou a parede para avançar, mas precisou parar em outra mesa.
- Pomme... – BC.
Ela notou-o querer se mover naturalmente, mas não conseguir, e retirou o brinco.
- É o som alto, certo? Espere-me lá fora, e vigie. Leve isso. – BC.
Prix pegou o brinco espelhado e saiu. Black Cherry viu Luar Negro acompanhado de homens semelhantes a seguranças da boate para os outros, mas ela soube que não eram.
- Ei, oi! Onde estava? – Pato.
- Desculpe. – BC.
Ela foi ainda mais rápida para a saída em que viu Luar negro, mas a rua estava deserta.
- Batrice, o que aconteceu? – Pato.
Black Cherry olhou para as duas esquinas ainda esperançosa de uma pista que fosse, e Prix desceu em seu ombro.
- Prix! – Pato.
- Desculpe Fernando. Acontece que... Ele saiu de repente e eu... Me preocupei. – BC.
- Estou vendo que está alterada. Vamos nos sentar e beber algo, então você se acalma. Prix não fará isso novamente e ele está bem.
- Acho que é melhor... Eu ir embora.
- Espere. Primeiro você se acalma.
- Tenho apenas que descansar, então ficarei bem.
- Se é assim eu a levo.
- Realmente não é preciso.
- Insisto. Eu pediria que aguardasse aqui se não soubesse ser perigoso à essa hora. Espere lá dentro, trarei o carro.
- Não precisa preocupar-se.
- Por favor.