- Calma, quanta pressa... Então Pomme, somos dez! Tre os seus parceiros de dança. – BC.
- Peguem-na! – Godofredo.
Black Cherry acertou o ombro do que desferiu o golpe seguinte, o homem caiu de joelhos. Prix,da perna golpeadora, saltou para o homem seguinte, arranhando-o por cima da roupa.
- Não me sinto bem. – Zangão.
Prix saltou sobre Breu.
- Ah, droga... É o macaco maldito! – Breu.
A mulher atirou para o alto, mostrando que ainda podia usá-los de alvo e pode voltar a ser ouvida.
- Há parte de maldição. Mas ele ainda pode fazer-lhes dormir,melhor do que eu. – BC.
Em Breu, que era mais corpulento, um arranhão não bastou. Black Cherry sabia que precisava ser mais rápida, mais criminosos estavam chegando.
Antes que ela e Prix, que era difícil mirar, Black Cherry atirou no vidro da loja soando o estardalhante alarme do sistema de segurança.
Os poucos ainda conscientes tentavam escapar.
- Saia daqui, Vittragge! Eu a seguro! – Borges.
- obrigada, mas não vou cair. – BC.
- É hora de parar com a graça, Black Cherry. Certamente nunca teve um adversário como eu. – Borges.
- Será mesmo? Puxa, finalmente um oponente incomum, Pomme!
Bastou ela apontar o fugitivo para que Prix pulasse de seu braço em perseguição.
- Vocâ acaba de perder o seu bichinho de estimação. – Borges.
- Você não conhece Pomme. Mas eu preciso mesmo ir. – BC.
Com uma agulha curta no salto da bota Black Cherry arranhou-o. Não precisou aguardar, sabia que o quanto antes ele estaria inconsciente. Então ela pode correr seguindo Prix.
Prix não correu no chão, onde o transito de carros e pedestres, mesmo à noite, era intenso. Avançava agilmente pelas paredes e ao escutar o assobio de Black Cherry respondeu com um guincho que denunciava a sua localização e assustou, sem intenção, Vittragge que ainda tentava escapar.
Black Cherry confirmou a direção e correu pela calçada ignorando moradores, comerciantes e viciados. Ao correu observava as fachadas dos prédios esperando avistar Prix. O seu capuz baixo já estava pronto, caído, para ele se abrigar.
Então, ao avistá-lo, saltou de um container e se içou para a marquise da loja. Sombreando o rosto com o capuz, mesmo no escuro, ela pegou uma faca serrilhada. Prix estava peso em uma rede.
- Precisa tomar mais cuidado, Pomme. – BC.
A resistência das cordas dificultava o corte. Black Cherry não teve sucesso em nenhum dos fios.
- Foi o fugitivo quem lhe pegou? – BC.
Uma faca cravou-se na parede, à direita de Prix e ela virou-se para o fim do beco, ficando de pé.
- Parece que não. – BC.
Prix pegou a faca da mão dela para tentar sua liberdade. O homem a quem Black Cherry observava também tinha o rosto oculto pela sombra da aba do chapéu branco, como toda a sua roupa.