terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Capítulo I - Piloto - Parte III

- Calma, quanta pressa... Então Pomme, somos dez! Tre os seus parceiros de dança. – BC.

- Peguem-na! – Godofredo.

Black Cherry acertou o ombro do que desferiu o golpe seguinte, o homem caiu de joelhos. Prix,da perna golpeadora, saltou para o homem seguinte, arranhando-o por cima da roupa.

- Não me sinto bem. – Zangão.

Prix saltou sobre Breu.

- Ah, droga... É o macaco maldito! – Breu.

A mulher atirou para o alto, mostrando que ainda podia usá-los de alvo e pode voltar a ser ouvida.

- Há parte de maldição. Mas ele ainda pode fazer-lhes dormir,melhor do que eu. – BC.

Em Breu, que era mais corpulento, um arranhão não bastou. Black Cherry sabia que precisava ser mais rápida, mais criminosos estavam chegando.

Antes que ela e Prix, que era difícil mirar, Black Cherry atirou no vidro da loja soando o estardalhante alarme do sistema de segurança.

Os poucos ainda conscientes tentavam escapar.

- Saia daqui, Vittragge! Eu a seguro! – Borges.

- obrigada, mas não vou cair. – BC.

- É hora de parar com a graça, Black Cherry. Certamente nunca teve um adversário como eu. – Borges.

- Será mesmo? Puxa, finalmente um oponente incomum, Pomme!

Bastou ela apontar o fugitivo para que Prix pulasse de seu braço em perseguição.

- Vocâ acaba de perder o seu bichinho de estimação. – Borges.

- Você não conhece Pomme. Mas eu preciso mesmo ir. – BC.

Com uma agulha curta no salto da bota Black Cherry arranhou-o. Não precisou aguardar, sabia que o quanto antes ele estaria inconsciente. Então ela pode correr seguindo Prix.

Prix não correu no chão, onde o transito de carros e pedestres, mesmo à noite, era intenso. Avançava agilmente pelas paredes e ao escutar o assobio de Black Cherry respondeu com um guincho que denunciava a sua localização e assustou, sem intenção, Vittragge que ainda tentava escapar.

Black Cherry confirmou a direção e correu pela calçada ignorando moradores, comerciantes e viciados. Ao correu observava as fachadas dos prédios esperando avistar Prix. O seu capuz baixo já estava pronto, caído, para ele se abrigar.

Então, ao avistá-lo, saltou de um container e se içou para a marquise da loja. Sombreando o rosto com o capuz, mesmo no escuro, ela pegou uma faca serrilhada. Prix estava peso em uma rede.

- Precisa tomar mais cuidado, Pomme. – BC.

A resistência das cordas dificultava o corte. Black Cherry não teve sucesso em nenhum dos fios.

- Foi o fugitivo quem lhe pegou? – BC.

Uma faca cravou-se na parede, à direita de Prix e ela virou-se para o fim do beco, ficando de pé.

- Parece que não. – BC.

Prix pegou a faca da mão dela para tentar sua liberdade. O homem a quem Black Cherry observava também tinha o rosto oculto pela sombra da aba do chapéu branco, como toda a sua roupa.