quinta-feira, 3 de junho de 2010

Capítulo III - Instituto Ametista - Parte 3

O carro já havia sido carregado com duas pequenas caixas e mais delas eram trazidas quando notaram a aproximação de Filhote de Arroz, mancando e molhado.

- Está atrasado. – Prado.

- Desculpe doutor. Recebi uma visita. – FA.

- Polícia?

Ele preocupou-se com essa possibilidade já que sabia como Filhote de Arroz agia sob pressão.

-Não, não. Era um... Velho conhecido e... Chamei-o para ajudar. Ele... Precisado trabalho. – FA.

- Chamou um estranho sem me consultar! – Prado

- Des... Desculpe!

- Combinamos de dividir por três, e agora você vem com essa... Você vai dividir a sua parte. – Felipe.

- Está certo. Tranqüilo...

- Onde ele...

- Aqui. – BC.

Black Cherry estava abaixada sobre o capô do carro com a arma pendente entre as mãos, por precaução, observando-os.

- Ótimo saber que não passamos de três. – BC.

- Droga, sue X9! – Felipe.

Quando sacou a arma Black Cherry já o tinha na mira.

- Melhor não tentar nada. – BC.

- Vou tentar tudo! – Felipe.

Filhote de Arroz caiu e Black Cherry acertou Felipe com o piso resistente e pesado de sua bota, derrubando-o com um fio de sangue na testa. Prado retornou para o estacionamento do hospital tentando escapar.

- Pomme. – BC.

Prix subiu pela cabeça de Prado, arranhando-o sob o jaleco branco, e derrubando-o com facilidade. Ao voltar para Black Cherry ela tinha em mãos um telefone não rastreável.

- Eu fui... Atingido. O meu... – FA.

- Foi sim. Agora, parado. – BC.

- Em que posso ajudar? – telefonista.

- Tiroteio no Hospital Modelo. Nenhum atingido, porém há dois...

- Dois?! Nenhum... – FA

- Dois homens inconscientes. Roubavam medicações públicas de uso hospitalar.

- Uma viatura está a caminho. Há alguém com você?

- Não. Estou sozinha.

- Aguarde no local, por favor.

- Claro.

Black Cherry desligou e tornou a discar, então apertou o orifício por onde escorria sangue. Filhote de Arroz se moveu agitado.

- Feridos são prioridades. Vai chamar uma ambulância agora? – FA.

- Não. Se levante. – BC

- Eu levei um tiro... Não posso me levantar!

Ela levantou-o pelo braço esquerdo forçando-o a ficar de pé com o tornozelo torcido.

- Você realmente me odeia. – FA.

- Existo para te fazer sofrer. – BC.

No táxi que parou diante deles Black Cherry colocou Filhote de Arroz no banco traseiro. O motorista viu o sangue pelo retrovisor e virou-se para trás.

- Ei, ei. Não quero confusão com a polícia! – João.

- Leve o senhor Alan Vivácqua para o Hospital Santa Inês. – BC.

- Você está ao lado de um hospital e quer levá-lo para um que fica do outro lado da cidade!

- Ele esta certo. – FA.

- Cala a boca. E você, leve-o agora. – BC.

- Eu já disse, não quero envolvimento. – João.

- Terá mil reais se o levar. Caso contrário terá problemas comigo.

- Primeiro o dinheiro.

- Encontro-o no Hospital Santa Inês.

Black Cherry bateu a porta do carro e já podia escutar as sirenes da viatura quando o táxi partiu.